sexta-feira, 16 de junho de 2017

Procissão do Varatojo


A procissão de Santo António do Varatojo é um dos pontos altos da Festa anual organizada pela Comissão de Festas da Associação Cultural local. Apesar do padroeiro de Torres Vedras ser o São Gonçalo de Lagos, no Varatojo quem dá cartas é o mais popular de todos os santos, o António, que tal como em Lisboa, consegue desligar os holofotes do seu verdadeiro Padroeiro. Gostaria de contar a história desta célebre procissão mas a informação na internet é escassa e os meus preparos rudes (calções e chinelos) impediam-me de ser levado a sério pelas gentes mais conservadoras e detentoras de  tal conhecimento. O pouco que sei, é que esta procissão é levada muito a sério pelos Varatojanos, que se enchem de orgulho enquanto ladeiam as ruas da aldeia por onde ela passa, aldeia essa que se transforma num cenário idílico, digno do momento. Muitos aproveitam esta ocasião para se reconciliarem perante Deus ao fazer a marcha lenta descalço ou a carregar o mais pesado dos andores, que quando finalmente o largam, fazem-no em lágrimas de dor/gratidão. Esta deve ter sido a vigésima vez que assisti a este evento e foi muito especial porque contou com a presença da minha filha, vestida de anjo rosa. Participar nesta procissão sempre foi um desejo antigo, que por vergonha ou por falta de sacramentos não concretizei. Não sou fanático por Santos mas reconheço que aqui há uma carga social muito forte e uma vez que não pude fazer parte disto, dei a oportunidade à Lia que a agarrou muito bem. Apesar dos seus curtos 4 anos, também ela percebeu que aquilo estava longe de ser uma brincadeira e portou-se condignamente.

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